Tal como em outras cidades europeias, já existem em Sevilla (cheguei de lá ontem), bicicletas disponíveis como meio de transporte.
O sistema, para quem não conhece, é muito simples – há uma espécie de parques self-service, espalhados pela cidade. O pagamento é feito por multibanco num terminal, (com um interface muito fraquinho, diga-se de passagem) e tudo é controlado electronicamente. Na verdade, nem percebi se as bicicletas são pagas ou se o modelo de negócio está baseado em publicidade (o projecto é da JC Decaux :
http://www.jcdecaux.co.uk/development/cycles/).
Uma das ideias principais do serviço é libertar a cidade de carros e incutir o hábito de pedalar.
Lisboa deveria adoptar um sistema deste tipo! Da Expo ao Guincho é quase tudo plano! Não é preciso aventurarmo-nos pelas 7 colinas acima e abaixo, isso é para loucos…como eu…
Lembro-me de fazer Avenida da República – Santa Apolónia de bicicleta muitas vezes, para ir para a universidade! A ida era fácil – sempre a descer – mas o regresso era mais complicado…o Marquês de Pombal então, nem vos conto!
Não entendo que lúcida revelação terei tido, aos 20 anos, para me sentir no direito de fazer a rotunda do Marquês a pedalar! Mais! Na altura, o que me parecia lógico, era esgueirar-me entre a faixa da direita e a dos autocarros! Sem dúvida todos concordarão que era o trilho mais seguro!
Lá sobrevivi a umas quantas voltas ao Marquês em hora de ponta, até capitular e decidir que o melhor caminho era pelo passeio.
Se isto fosse um blog de petições, propunha já aqui, um abaixo assinado para reinstalar essa épica ciclovia Saldanha-Restauradores, que tantas e doces memórias trás…a quem?...a mim, só se for!...devia ser o único imbecil a tentar a proesa.
Aliás, o Kilimanjaro de bicicleta é um projecto que empalidece, perante a façanha do Marquês às 3 da tarde!